O professor de língua portuguesa, além de lidar diariamente com os desafios da sala de aula, precisa dominar conhecimentos tanto a respeito da língua, como da literatura. Em tempos onde a tecnologia toma conta da maior parte do tempo dos alunos, inclusive na sala de aula, os desafios para o ensino de literatura crescem ainda mais; dentre estes, a repulsa pela leitura, que consequentemente afeta a capacidade de interpretação dos alunos. Por outro lado, ao analisar o papel do docente, é comum vermos professores que insistem em uma aula de literatura voltada à historicidade, leitura de fragmentos textuais desconexos como comprovação de um período histórico específico, o que acaba por distanciar o aluno do texto literário, haja vista que tais textos, além de remeteram a outra época, possuem uma linguagem "difícil" e cansativa que não faz parte do cotidiano dos discentes. Aliás, este é um problema que se arrasta do ensino fundamental até o médio e torna a literatura em sala de aula, sinônimo de obrigação. Sendo assim, este trabalho, busca refletir sobre metodologias, sobretudo a de letramento literário, que façam com que o ensino/aprendizado de literatura seja prazeroso, dialogando com o cotidiano dos alunos e se afastando com o status enfadonho que a ela foi atribuída em consequência de um ensino ultrapassado. O despertar pelo prazer pela leitura também é objeto de nossas reflexões, partindo do princípio que quando o aluno se vê reapresentado no texto literário há uma maior possibilidade de criação vínculos com a leitura, o que com o passar do tempo se tornará um prazer, e não uma obrigação, o que em muitas salas de aula é constante.