BULHÕES, Jessica Lúcia Da Silva et al.. Um estudo acerca da depressão geriátrica. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/2695>. Acesso em: 13/11/2024 06:49
Introdução: A depressão é uma condição patológica caracterizada por um humor triste e doloroso acompanhado de uma redução da atividade física e psicológica. Assim, o indivíduo afetado pela depressão geralmente sente-se impotente, ansioso, apresenta sintomas de insônia. Apresenta-se como um problema de saúde mental mais comum na terceira idade, tendo impacto negativo na maior parte dos aspectos da vida, sendo assim, de grande proeminência na saúde pública. Todavia, é comum associar os sintomas depressivos ao processo de envelhecimento normal, sendo uma postura errônea que acontece tanto por parte dos idosos, quanto de seus familiares e de alguns profissionais de saúde. Exames cerebrais, a exemplo do de neuroimagem mostraram que a depressão está associada a um desequilíbrio neuroquímico e mau funcionamento dos circuitos neurais. Outros fatores desencadeantes são a hereditariedade e fatores ambientais, como acontecimentos estressantes, solidão e abusos de substancias. Objetivo: Avaliar a existência de depressão em um grupo idosos residentes na cidade de João Pessoa. Metodologia:Participaram da pesquisa quatorze idosos sendo (15 %) do sexo masculino e (85%) do sexo feminino variando em idade entre 64 e 85. Para coleta de dados utilizou-se a Escala de Depressão Geriátrica Yesavage em versão reduzida (GDS-15). Tal instrumento foi validado internacionalmente e amplamente utilizado na avaliação geriátrica global, auxiliando a determinar a necessidade de tratamento nessa fração da população. A análise dos dados efetuou-se por meio do crivo de avaliação disponibilizado na referida escala, o qual pontuava que os resultados abaixo de cinco não apresentavam suspeita de depressão. Em contrapartida, aqueles que somassem acima de cinco denotava-se suspeita depressiva. No entanto, aquele que reunia o valor de cinco estava em condições de risco. Resultados: os dados pontuaram que 21,4% dos participantes apresentaram suspeita de depressão com prevalência total do gênero feminino. O mesmo percentual (21,4%) foi obtido para classificar pontuação igual ao valor cinco, englobando esses sujeitos em condições de risco para depressão. Por fim, 57,1% da amostra somaram pontuação inferior a cinco, não apresentando, portanto sintomas de depressão. Esse fato pode ser explicado por tal população apresentar condições de saúde física e emocional regulada e apropriada contribuindo para o não desencadeamento da doença. Conclusão: Frente ao exposto é possível afirmar a significativa importância da temática voltada para a comunidade idosa e observar que a depressão não significa uma característica do envelhecer, mas uma condição interior do indivíduo o qual liga-se a variados fatores (físicos, sociais e emocionais), os quais precisam ser analisados e estudados, assim como exercido um trabalho interventivo junto aos profissionais capacitados e a família de um determinado indivíduo com métodos precisos e específicos a situação colocada, para assim melhorar a condição de vida daquela pessoa.