INTRODUÇÃO: O maior nível de escolaridade de uma população (como a dos idosos), tende a levar a uma melhor percepção da importância da prática de exercício físico, assim podendo contribuir para a prevenção e minimização das perdas decorrentes do processo de envelhecimento. OBJETIVO: A presente pesquisa objetivou avaliar e comparar o nível de escolaridade dos idosos e sua relação com a prática de atividade física. METODOLOGIA: O estudo, de recorte transversal analítico, foi realizado no período de setembro a novembro de 2012, sendo constituído por entrevistas com idosos no município de Santa Cruz/RN. O instrumento utilizado para avaliação da atividade física foi o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), que permite estimar o gasto energético semanal de atividades físicas relacionadas com o trabalho, transporte, tarefas e lazer, realizadas por, pelo menos, 10 minutos contínuos. Este questionário permite a categorização dos indivíduos em 3 estratos de atividade física: nível baixo de atividade física (gasto de até 599 MET’s), nível moderado de atividade física (gasto de 600 a 2999 MET’s) e nível alto de atividade física (gasto mínimo de 3000 MET’s). RESULTADOS: Foram entrevistados 100 idosos residentes na comunidade urbana do município de Santa Cruz/RN. A análise estatística, realizada por meio da correlação de Pearson (r) do IPAQ com relação à escolaridade, mostrou correlação de 0,094, considerada baixa, com valor de p=0,354 (não-significativo), o que demonstra que praticamente não há relação existente entre o nível de atividade física e a escolaridade. Já o coeficiente de determinação (R2) obtido foi de 0,008836, o que mostra que menos de 1% de variação na atividade física é influenciada diretamente pela escolaridade. CONCLUSÃO: Nas condições experimentais testadas, conclui-se que a maior escolaridade não se reflete em maiores níveis de atividade física.