INTRODUÇÃO: O crescimento da população idosa não foi acompanhado pelas melhorias das condições de vida ocasionando assim uma mudança epidemiológica, com a substituição das causas principais de morte por doenças parasitárias, pelas doenças crônico-degenerativas, contribuindo assim para que os idosos constituam o grupo etário mais medicalizado favorecendo o surgimento de outras patologias, sendo considerado atualmente um problema de saúde pública. OBJETIVO: Identificar as consequências causadas pelo excesso de medicação em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, sem metanálise sobre o uso excessivo de medicamentos por idosos. Foram utilizados como descritores: idoso, envelhecimento, fármacos. Após a supressão das duplicatas, dos artigos não apresentados na íntegra, e cuja temática não contemplava a abordagem desse estudo, permaneceram 25 publicações. A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas, LILACS e SciELO. RESULTADOS: MARIN et. al (2008) relata que um aspecto bastante relevante, quando se considera o processo de envelhecimento, é a presença de múltiplas doenças, visto que os idosos apresentam em média 2,5 diagnósticos referidos, onde muitas dessas enfermidades são crônicas. E o aparecimento dessas patologias acarreta o inicio de uma terapia farmacológica contínua, onde segundo ROZENFELD (2009) a maioria dos idosos consome, pelo menos, um medicamento, e cerca de um terço deles consome cinco ou mais simultaneamente. Completando Lopes; Christoff (2012) SILVA et. al (2012), assegura que a ação do medicamento nos idosos não funciona da mesma maneira que em uma pessoa jovem, nesses casos a absorção é mais lenta, há diminuição da água corporal e aumento da gordura, há redução do tamanho e da circulação de sangue para o fígado e redução na filtração dos rins, tudo isso faz com que os medicamentos sejam perigosos para os idosos. Corroborando com Silva et. al (2012) COSTA et. al (2009) afirma que o uso de medicamentos por idosos traz como consequência um equilíbrio muito delicado entre risco e benefício, assim, os medicamentos que podem prolongar a vida do idoso faze-o à custa da sua qualidade de vida, logo o problema não pode ser atribuído somente ao seu consumo, mas, também, à irracionalidade de seu uso, sendo que muitos deles são utilizados sem prescrição medica, que expõe o geronto a riscos potenciais. CONCLUSÃO: Mais do que aliviar o sofrimento físico, a terapêutica farmacológica em idosos deve possibilitar a solução dos problemas vigentes e prolongar a vida sem tirar dela a qualidade. É extremamente importante que os profissionais de saúde estejam cientes da problemática envolvida no uso de medicamentos por idosos e que se conscientizem no que se refere à sua prescrição.