Resumo: Algumas obras da literatura infantil contribuem para o crescimento emocional, cognitivo e para a identificação pessoal da criança, com exceção daquelas de caráter pedagogizantes e diretivo que podem ou não contribuir dessa forma, mas, para que isto aconteça, é necessário um novo olhar da instituição escolar sobre o ensino de literatura na contemporaneidade, visando o desenvolvimento de práticas educativas que levem ao aperfeiçoamento das práticas de leitura. Nesse sentido observamos a necessidade de conhecer e cumprir a Lei 10.639/03, que inclui o ensino da História e Cultura Africana no currículo das escolas brasileiras, para que o aluno possa aprender valores como diversidade e apreciação da cultura negra. Sabendo disso, este presente artigo objetiva evidenciar os aspectos culturais, legislativos, metodológicos, e psicológicos, numa análise literária do livro “As tranças de Bintou” da autora Sylviane Anne Diouf, uma americana afrodescendente que acredita que muitas pessoas ainda precisam adquirir conhecimento sobre o povo africano, principalmente as crianças, para que estes cresçam bem mais informados que as gerações anteriores. O presente artigo teve como fundamentação teórica os textos de Khéde (1990) e Palo e Oliveira (2006), estudiosas consagradas da literatura infanto-juvenil.