PIMENTA, Sérgio Linard Neiva. "adoro sagas, mas nunca li uma africana". Anais VI ENLIJE... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/25829>. Acesso em: 23/11/2024 15:12
Um dos instrumentos mais eficazes no fomento da construção crítica e reflexiva de um estudante é a obra literária. Com a ascensão econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos e o maior acesso à informação, jovens começaram a ler mais. Contudo, percebe-se uma ausência de diversidade nas narrativas e obras que são escolhidas por eles. No segundo semestre de 2015, a editora Companhia das Letras publicou o volume um da primeira trilogia romântica/fantástica angolana, As areias do imperador 1: mulheres de cinzas,de Mia Couto. O enredo não apresenta grandes diferenças das sagas românticas que ocupam as listas de mais vendidas, porém requer uma atenção maior; essa obra, além de ser baseada em fatos reais, apresenta ao estudante brasileiro, dos anos finais de ensino médio, a proximidade histórica entre Brasil e Angola, que leva o leitor a (re)conhecer e entender movimentos culturais existentes no país latino. Levantar arcabouços teóricos e propor medidas que indiquem a utilização dessa saga africana em sala de aula são os objetivos centrais deste trabalho, que recorre a Freire (1996), Zilberman (2005), Lajolo (1998), Cosson (2006) e outros, para construir sua proposta de atuação e problematização sobre a importância de uma maior utilização de literaturas africanas nas escolas. Como resultado das pesquisas realizadas, é apresentado um apêndice com sugestões de obras literárias africanas – publicadas no Brasil - e séries escolares em que elas podem ser trabalhadas.