INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde estima que a cada ano, apareçam mais de 8 milhões de novos casos e ocorram 2 milhões de mortes por esta enfermidade. Em 2005 no Brasil tivemos uma incidência de 62,79/100.000 habitantes, na Paraíba foram 52,57/100.000 habitantes, casos de tuberculose na população idosa. Independente de sexo e grupo etário, são particularmente suscetíveis à infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, provavelmente, devido tanto a fatores biológicos - nutrição e estado imunitário comprometidos, comorbidades, polifarmácia e, talvez, fatores raciais - quanto a fatores socioeconômicos - pobreza, condições de vida e acesso a cuidados de saúde. OBJETIVO: este trabalho teve como objetivo realizar uma análise temporal do número de casos novos de tuberculose na população idosa de Campina Grande de 2001 a 2012. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de tendência temporal realizado no município de Campina Grande, prioritário para o combate a tuberculose. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do município de Campina Grande. Foi realizada a análise de frequência, através do programa Epi Info 3.5.4. RESULTADO: Observa-se que no período de 2001 a 2012 mais de 11% dos casos de tuberculose ocorreram em pessoas com mais de 60 anos. É importante destacar que dentre as situações de encerramento, o óbito é, proporcionalmente maior na faixa etária superior a 60 anos (07%), especialmente faixa etária maior que 80 anos (20%). CONCLUSÃO: As alterações morfológicas, metabólicas e de homeostase no idoso favorecem o aparecimento de reações adversas dos medicamentos com muito maior frequência do que as encontradas em pacientes de menor idade. Dessa forma, baseado a evidência epidemiológica de notificação compulsória, recomenda-se um olhar multidisciplinar, exercendo o cuidar responsável e global ao doente idoso, considerando suas peculiaridades.