INTRODUÇÃO: A população brasileira obteve nas últimas décadas um aumento na expectativa de vida, que está fortemente atrelado a fatores como avanços na medicina, na qualidade de vida e longevidade. Atrelado a este fator, observa-se que a sexualidade faz parte da natureza humana e obedece a uma necessidade fisiológica e emocional nas variadas fases da vida. A sexualidade quando relacionada ao envelhecimento remete a mitos e estereótipos levando idosos à condição de pessoas assexuadas, e consequentemente representando um tabu. OBJETIVO: averiguar os principais fatores que interferem na sexualidade na terceira idade e as possíveis intervenções da enfermagem nesse contexto, a partir de uma revisão sistemática da literatura. METODOLOGIA: Consta de uma revisão sistemática da literatura realizada no mês de abril de 2013, na Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cuité. A coleta de dados foi realizada a partir da busca de publicações pertinentes ao tema e conforme os critérios de seleção: estudo publicado entre os anos 2008 a 2013, por profissionais ou estudantes de enfermagem do Brasil, em língua portuguesa, na modalidade de artigo científico, disponibilizado nas bases de dados SciELO, BDENF ou LILACS e que estejam apresentadas em texto completo. As publicações localizadas a partir do descritor ‘sexualidade na terceira idade’ foram analisadas sistematicamente de modo a alcançar o objetivo proposto, onde foram selecionadas cinco publicações. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Sabe-se que o ser humano passa por modificações no seu corpo com o decorrer do tempo e que, ao chegar à senescência, as limitações físicas e mudanças estéticas são inevitáveis. Nesse contexto, para compreender a problemática da sexualidade nos idosos é preciso levar em conta os principais fatores que afetam a resposta sexual na terceira idade, são eles: estado de saúde, pois sabe-se que a doença pode reduzir ou impedir o interesse pela sexualidade em qualquer idade; autoestima, pois os valores da sociedade tendem a depreciar os indivíduos idosos em termos de sua aptidão e atração sexual, além disso, toda manifestação de sensualidade é frequentemente interpretada como demência senil; conhecimento sobre a sexualidade, pois muitos idosos tendem a confundir as mudanças fisiológicas da velhice com sintomas de impotência; e status conjugal, pois a regularidade das relações sexuais nessa fase da vida está muito ligada à situação conjugal. Nesse âmbito, a enfermagem pode atuar ligada à adoção de políticas de saúde que concentrem sua atenção na população na terceira idade, estando sempre atenta às questões de sexualidade no envelhecimento, onde será necessário quebrar tabus, tratando os idosos como indivíduos que possuem desejos e necessidades sexuais. CONCLUSÃO: A capacidade de exercer práticas sexuais não tem limite cronológico, pois as principais barreiras estão no campo psicológico, no preconceito e na intolerância. Ademais, torna-se necessária a realização, pela enfermagem, de estratégias educativas que visem atenuar os fatores que afetam o comportamento sexual na terceira idade, enfatizando que trata-se de uma prática saudável e sem estigmas, o que resultará em uma melhor qualidade de vida.