O aumento da população idosa é um fenômeno que atinge todo o mundo com rapidez e com grande intensidade. Com a transição demográfica, acontece também a transição epidemiológica, o que era antes marcado pela alta prevalência de doenças transmissíveis, hoje se tem um predomínio de doenças crônico degenerativas ocasionadas por fatores externos, o que modifica de forma abrupta o perfil de saúde da população. Inúmeras famílias não possuem estrutura para acolher e cuidar de seus familiares que alcançam a terceira idade com fragilidade, o que gera um momento de sofrimento para o idoso e seu entorno. Nesse contexto, a fisioterapia domiciliar vem crescendo constantemente em vários países, inclusive no Brasil, sendo um dos principais motivos para esse aumento a limitação físico-funcional e a comodidade e praticidade do atendimento em domicilio. Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva, que tem como objetivo relatar o trabalho realizado por um projeto de extensão nos bairros do Paraíso e Conjunto Cônego Monte, através de um levantamento prévio das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e posteriormente visitas domiciliares e medidas educativas com enfoque no trabalho multiprofissional. A seleção dos idosos foi feita a partir de uma lista do HIPERDIA tendo como prioridade indivíduos com idade superior a 60 anos, de ambos os sexos, com alguma DCNT. No bairro do Paraíso I a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi de 70,5%, no paraíso II de 33,3% e Conjunto Cônego Monte com 58,6%. Diante os resultados, sugerimos que os maus hábitos de vida e a falta de informação quanto a doença seja um dos principais fatores, onde destacamos o papel do atendimento domiciliar tanto da fisioterapia como de modo multidisciplinar para sanar as necessidades da população idosa.