DIABETES MELLITUS: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EVIDENCIADAS EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PBINTRODUÇÃO: Em todo mundo, à medida que os anos vão passando, torna-se cada vez maior o número de idosos. O fenômeno está relacionado com vários fatores, como a queda no número de nascimento e o aumento da expectativa de vida. Nesse contexto, as mudanças metabólicas e estruturais tornam-se evidentes com o avanço da idade trazendo com elas doenças crônicas, especialmente, o Diabetes Mellitus (DM) distúrbio crônico, considerado importante problema de saúde pública devido as altas taxas de morbimortalidade decorrente de suas complicações as quais, tornam-se mais acentuadas na pessoa idosa. Considerando o exposto, o estudo teve como objetivo investigar as manifestações clínicas do diabetes mellitus mais incidentes em idosos atendidos em uma Unidade Saúde da Família do município de Alagoa Grande-PB. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de quantitativo, realizado na Unidade de Saúde da Família do município de Alagoa Grande – PB. A amostra foi composta por 25 idosos. Foi utilizado como instrumento um questionário contemplando questões sobre a temática. A coleta de dados foi realizada no mês de agosto de 2010. A pesquisa obedeceu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que normatiza pesquisa envolvendo seres humanos. Os resultados foram analisados com base no enfoque quantitativo e discutidos mediante a literatura pertinente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 25 idosos pesquisados, 20 referiram sentir dormência nas mãos e pés, 19 apresentaram pele seca, 17 vontade constante de urinar, 15 relataram ter fadiga, 15 hipertensão, 14 tinham sede excessiva, 14 perda peso, 12 fome excessiva, 09 apresentaram náuseas, 08 infecção urinária, 08 dificuldade na cicatrização, 07 apresentaram prurido na pele, 06 aumento de peso e 05 referiram vômitos. Conforme relatado, muitos idosos referiram perda da sensibilidade dos membros o qual esteve associada a neuropatia e a isquemia diabética contribuindo com a progressão das lesões. A sede e micção excessivas, definidas como polidipsia e poliúria, respectivamente, são sinais reveladores das altas taxas glicêmicas. A fome excessiva, polifagia, referida pelos idosos, acontece porque não há o armazenamento da glicose devido a ausência da insulina gerando fome. A infecção urinária está relacionada as alterações no sistema imunológico. Já a fadiga acontece pela diminuição de energia ocasionada pelas alterações nos níveis glicêmicos. A hipertensão referida pelos idosos se deve a incapacidade do paciente de controlar a pressão arterial, devido não possuir energia necessária para o funcionamento das funções vitais do organismo. CONCLUSÃO: Com base nas manifestações clínicas apresentadas no estudo, evidencia-se a necessidade dos serviços de saúde pública reverem suas práticas, com a implantação de ações preventivas e de controle desta doença, com o objetivo de reduzir as diversas manifestações clínicas apresentadas pelos idosos diabéticos. Nesse sentido, os enfermeiros que atuam principalmente na atenção primária tem um papel importante no cuidar ao idoso diabético, desenvolvendo ações voltadas à prevenção, promoção e reabilitação, com práticas educativas e assistenciais mais abrangentes para esse grupo populacional melhorando sua qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Idoso; Diabetes; Enfermagem.