INTRODUÇÃO: Quando associamos diferentes perspectivas e olhares para tratar ou entender a morte, percebemos a diversidade de interpretações e a abordagem interdisciplinar que o fenômeno permite e exige. O medo da morte e o pânico de deixar de existir estão inseridos na cultura de forma proeminente. Com o envelhecimento populacional, verifica-se a necessidade de abordar como a questão da morte é encarada por essa população. OBJETIVO: Analisar a relação entre o tabu de morte na terceira idade, através de seu enfrentamento na bibliografia explorada. METODOLOGIA: Para tanto realizou-se uma revisão sistemática sobre a temática nas bases de dados SciELO e LILACS que resultou em uma amostra de 10 artigos. Para isso foram utilizados os descritores “tabu de morte”, “morte na terceira idade” e “morte e idosos”, e os seguintes critérios de refinamento: estudos publicados entre 2001 e 2012; em português, exclusão de textos coincidentes, e seleção dos textos de interesse. Além da utilização de um livro pertencente à bibliografia básica do curso de Psicologia da UFCG. RESULTADOS: No material analisado, a consciência plena da nossa condição de seres mortais não deprecia a vida, pelo contrário, a torna mais valorizada, pois os instantes são irrecuperáveis. O tempo da vida é mais que biológico ou físico, ele é simbólico e dessa forma deve ser vivido. Na terceira idade, por ser o momento em que encaram de forma mais próxima à sensação de impermanência de si mesmo, relacionados a motivos de problemas de saúde, a perda de papéis sociais, o isolamento, ou por crença no fim da vida. Imagens positivas do envelhecimento também são levadas em consideração, na qual há o reconhecimento desta fase da vida, não como inteiramente negativa ou definida apenas por perdas e limitações. A morte é encarada de duas formas: o fim da vida ou início da eternidade. Entretanto, não é possível estabelecer uma correlação precisa entre qualquer um dos padrões e uma avaliação mais ou menos positiva da própria vida e da morte. Parece ser mais na capacidade de superar eventos dolorosos, redefinir prioridades e integrar mudanças. CONCLUSÃO: Viver extrapola as funções fisiológicas, é uma trajetória que inclui experiências, sensações, memórias e relações. Discutir sobre os limites da vida, e quais as suas implicações no contexto cultural, refletem a construção da representação da morte, e no caso, para a terceira idade. Uma “boa morte” é o fechamento de uma boa vida, surgindo força à noção de cuidados paliativos, e com ela uma nova representação social do morrer.