Algumas plantas forrageiras, comuns no semiárido brasileiro, utilizadas na alimentação animal possuem compostos antinutricionais, por exemplo, o tanino. O comportamento ingestivo é uma ferramenta essencial para avaliar a aceitabilidade de um alimento pelo animal. Assim, objetivou-se analisar a influência de níveis de tanino na dieta sobre o comportamento ingestivo de vacas em lactação. Foram utilizadas 5 vacas primíparas mestiças (Holandês/Zebu) com média de 4 anos de idade, peso vivo de 420 kg, estágio de lactação de 100 dias, e produção média inicial de 18 kg/dia. Os animais foram distribuídos em um delineamento quadrado latino 5x5 (5 níveis de tanino na dieta: T1 = 0,0%, T2 = 1,3%, T3 = 2,6%, T4 = 3,9%, e T5 = 5,2% ; e 5 períodos de 20 dias cada divididos em três fases de avaliação). As variáveis comportamentais analisadas foram expressas como estado: tempo de alimentação, tempo de ruminação e tempo de ócio. Baseado na análise estatística pode-se constatar que o tempo de alimentação, ruminação e ócio não diferiu (P>0,05) em função dos níveis de tanino nas dietas e das fases de avaliação. Em conclusão, vacas mestiças (Holandês x Zebu) não alteram o comportamento ingestivo quando alimentadas com dietas contendo até 5,2% de tanino.