A estrutura física da superfície cutânea dos animais está constantemente se ajustando, a fim de proporcionar uma combinação ideal de pelame que favoreçam a aclimatização em determinado ambiente. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da variação das épocas do ano em regiões de baixa latitude sobre as modificações do pelame de caprinos Canindé e Moxotó. A pesquisa foi conduzida na Estação Experimental pertencente à Universidade Federal da Paraíba onde estava alojado o rebanho Moxotó, e na fazenda Mandacaru onde se alojava o rebanho Canindé, utilizou-se 25 animais da raça Canindé e 25 animais da raça Moxotó em cada época de avaliação com o sistema de criação semiextensiva, sendo esta a adotada nas propriedades. As colheitas foram feitas em quatro períodos, nos dias correspondentes ao equinócio de primavera, solstício de verão, equinócio de outono e solstício de inverno. Para caracterizar o pelame foram avaliadas a espessura da capa externa do pelame, densidade, comprimento e diâmetro do pelo. A raça Canindé apresentou maior espessura da capa do pelame e diâmetro do pelo no solstício de verão, no equinócio de outono a maior espessura e diâmetro foi da raça Moxotó. O comprimento dos pelos foi maior na raça Canindé durante o solstício de inverno. As épocas de avaliação não influenciaram a densidade e o comprimento do pelo na raça Moxotó, e o comprimento e o diâmetro do pelo na raça Canindé.Com base nos resultados conclui-se que existe variação sazonal no pelame de caprinos criados em região equatorial semiárida. A espessura da capa do pelame é a variável que mais sofre influência da variação das épocas do ano.