Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que, em 2025, existirão 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que as pessoas com 80 anos ou mais constituem o segmento populacional que mais cresce. O aumento da proporção de idosos na população brasileira traz à tona a discussão a respeito de eventos incapacitantes nessa faixa etária, dos quais se destaca a ocorrência de quedas, bastante comum e temida pela maioria das pessoas idosas por suas consequências, especialmente a fratura de quadril. As quedas em idosos têm como efeitos, além de possíveis fraturas e risco de morte, o medo de cair, a restrição de atividades, o declínio na saúde e o aumento do risco de institucionalização. Geram não apenas prejuízo físico e psicológico, mas também aumento dos custos com os cuidados de saúde, expressos pela utilização de vários serviços especializados, e, principalmente, pelo aumento das hospitalizações. Objetivo: O objetivo do presente estudo é caracterizar as quedas de uma amostra de idosos, atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, exploratório que foi desenvolvido no SAMU de Campina Grande, durante os meses de janeiro, junho e dezembro de 2012. Para a realização do estudo foram observados os preceitos éticos da Resolução: 196/96 do Ministério da Saúde que envolve pesquisa com seres humanos, garantindo-se o anonimato dos pacientes quanto às informações coletadas. Obteve-se autorização institucional para uso do banco de dados do SAMU e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Alcides Carneiro/Universidade Federal de Campina Grande. CAAE: 01930612.2.0000.5182. Resultados: Durante os meses de janeiro, junho e dezembro de 2012 o SAMU – Campina Grande realizou 240 atendimentos aos idosos, classificados como traumáticos pelo médico regulador, desses atendimentos 147 foram quedas. Quanto ao sexo 49 (33%) eram do sexo feminino e 98 (67%) do sexo masculino. A média de idade dos idosos foi de 73, 3 anos. Quanto a caracterização das quedas, 90 (61%) foram decorrente de quedas da própria altura, 30 (20%) foram classificadas apenas como quedas, quedas com corte 14 (10%) , quedas de bicicleta e ônibus 7 (5%) , queda de escada 4 (3%) , queda de altura 2 (1%) . Mais de dois terços dos idosos que sofrem uma queda cairão novamente nos seis meses subsequentes. Isto significa que história de queda anterior, em pelo menos seis meses passados, é um fator preditor de uma nova queda. Conclusão: É de importância extrema estudos como este que revelem as causas de possíveis complicações de saúde nessa faixa etária tão vulnerável a quedas e outros tipos de ocorrências. Pois serão base para um planejamento de prevenção e conscientização da população em geral sobre essa problemática das quedas que tanto acometem os idosos.