Avaliação da qualidade de vida relacionada à dor na coluna e incapacidade funcional de idosos da escola de postura.Amaral, CP¹; Araújo, MGR²; Cunha, EF³; Ferreira, EKF4; Ximenes, VO5.Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil. Laboratório de Cinesioterapia e Recursos Terapêuticos Manuais E-mail: caroline.pontes.a@gmail.comIntroduçãoO Brasil será a sexta população mais idosa do mundo no ano de 2025. Sabe-se que no processo de envelhecimento, há diminuição das reservas funcionais e fisiológicas do organismo, sendo fundamentais estudos voltados para a qualidade de vida dessa população. A qualidade de vida é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como “a percepção individual de um completo bem estar físico, mental e social”. Muitas ações visam melhoria da qualidade de vida dos idosos, e a Escola da Postura (EP) é uma delas, utilizando o tratamento de algias, treinamento postural e aulas educativas. ObjetivoAvaliar a qualidade de vida relacionada à incapacidade funcional dos idosos submetidos à Escola de Postura. Metodologia Trata-se de um estudo quase-experimental, não controlado, com indivíduos entre 60 e 72 anos, realizado no Laboratório de Cinesioterapia e Recursos Terapêuticos Manuais do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde/UFPE, protocolo 315/09, de acordo com a Resolução n° 196/96. Os voluntários, após assinarem o TCLE, foram submetidos a uma avaliação inicial (T0) da Qualidade de Vida respondendo ao questionário WHOQOL-bref, constituído de 26 perguntas divididas em 4 domínios (físico, psicológico, meio-ambiente e relações sociais) e da Incapacidade Funcional com o Questionário de Incapacidade Roland Morris (QIRM) composto por 24 perguntas, sendo zero indicativo de nenhuma incapacidade funcional devido à dor na coluna e 24 altíssimo nível de incapacidade. O programa da EP foi consistuído de aulas teóricas, exercícios terapêuticos e relaxamento, realizado 2 vezes por semana durante 5 semanas. Ao final da escola, os voluntários foram reavaliados (T1) sob os mesmos parâmetros. Na análise estatística utilizou-se o software SPSS 18.0, o teste t- pareado, considerando o nível de significância, p<0,05.ResultadosA amostra foi composta por 7 (77,78%) idosos do sexo feminino e 2 (22,22%) do sexo masculino, com faixa etária de 67,2±4,6 anos. Obteve-se melhora da incapacidade funcional e da dor nas costas nas respostas do QIRM (T0 = 6,67±8,04; T1 = 5,33±7,68), porém não foi significante. Os resultados do WHOQOL-bref, variaram em função dos domínios: físico (T0= 3,71±1,17; T1= 3,64±1,00; p=0746); psicológico (T0 = 3,93±0,55; T1 = 3,56±0,22; p=0,038&#8432; ); meio-ambiente (T0 = 3,33±0,57; T1= 3,40±0,54; p=0,606) e domínio social (T0 = 3,44±0,85; T1 = 3,33±0,86; p=0,542). O domínio psicológico foi significativo, porém as demais variáveis não obtiveram resultados significativos, mas apresentaram tendência de melhora, possibilitando melhora da qualidade de vida. ConclusãoFundamentados nos resultados expostos, infere-se que a EP mostrou-se eficiente para a melhoria da qualidade de vida dos idoso, no entanto, sugere-se a realização de estudos controlados com maior número de participantes, para validar a tendência encontrada.