A questão da inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino insere-se no contexto das discussões, em evidência, relativas à participação e aprendizagem de pessoas com deficiência enquanto cidadãos, com seus respectivos direitos e deveres de contribuição e convívio social. A pesquisa discute a inclusão quando traduzida para este contexto educacional, bem como as possíveis implicações que ela traz ao contexto brasileiro, principalmente quando se considera as recentes diretrizes e recomendações de organizações nacionais e internacionais a respeito do assunto. A discussão sobre a educação inclusiva não trata de concepções e/ou conceitos que já se encontram enraizados na temática educacional, primeiro porque a literatura acadêmica já possui estudos que tratam sobre as representações sociais de inclusão, representações sociais de professores sobre inclusão ou representações sociais de professores sobre alunos com deficiência. E, também, por entender a demanda de apontar estudos que operacionalizem a educação inclusiva. Estudos estes que percebam a(s) prática(s) pedagógica(s) e, estejam aliadas ao contexto sócio-cultural que interage com a escola em seu cotidiano. Dentre os diversos avanços na área tecnológica que são incorporados pelos sistemas educacionais, a ferramenta das Tecnologias Assistivas tem apresentado resultados muito significativos. As Tecnologias Assistivas envolvem diversas áreas, desde a mobilidade alternativa até as adaptações para realização de atividades de vida diária. Partindo deste contexto de estudo, elegi a Teoria das Representações Sociais como aporte teórico para o estudo da relação inclusão/exclusão no ambiente educacional, a fim de identificar os significados contidos no pensamento social, construídos e enraizados neste ambiente. A relação entre o estudo das representações sociais e o campo educacional surge do interesse em compreender os fenômenos presentes no cenário escolar e o papel destes entre os grupos sociais que alinhavam práticas e processos de interlocução e aprendizagem. Para melhor compreensão da utilização da Teoria das Representações Sociais para análise dos fenômenos, é necessário vislumbrar relações de pertença, atitudes, comportamentos, bem como a construção de saberes e as relações estabelecidas neste contexto. Esta pesquisa tem como seu objetivo geral investigar as representações sociais de gestores escolares e professores sobre tecnologia assistiva e seu uso no cotidiano escolar como uma prática educativa que auxilie o aluno com deficiência em seu processo de inclusão. Para tanto, a percepção e compreensão da dialética exclusão/inclusão é um dos pontos de análise dos ambientes inclusivos. A dialética inclusão/exclusão gesta subjetividades específicas que vão desde o sentir-se incluído até o sentir-se discriminado ou revoltado. No envolvimento das Tecnologias Assistivas como ferramentas, recursos e estratégias em ambientes inclusivos, pode-se apontar uma complexidade de fatores; desde a estrutura escolar enquanto consequência do Sistema Educacional, a organização escolar enquanto consequência da gestão, até a formação (em serviço) dos professores para tornar as Tecnologias Assistivas integradas à rede de apoio à educação inclusiva.