Autora: Maria Gorete de Medeiros
Universidade Federal de Campina Grande, goretedidatica01@gmail.com
A inclusão das pessoas com necessidades especiais tem sido amplamente discutida, mas existem contradições entre o discurso e a realidade. No discurso, a inclusão dos surdos é bonita, mas, na prática funciona como exclusão da comunicação, da real participação e dos processos significativos de aprendizagem. Nos diferentes níveis de ensino, o surdo não tem sido satisfeito quanto às necessidades de alterações metodológicas que considerem a surdez. Docentes universitários são aptos para ministrar aulas aos alunos ouvintes e, como eu, em algum momento podem perguntar: como desenvolver aulas a universitários surdos e ouvintes, que aprendem juntos, mas de modos diferentes? Busquei saberes que me preparassem para ensinar a universitários surdos e aqui relato como investi em iniciativas solitárias e como surgiu o objeto da pesquisa que ainda desenvolvo. Mostro o resultado obtido na primeira iniciativa de pesquisa. Conto do amadurecimento da intenção de entender como universitário surdo aprende, até levar a efeito a pesquisa pautada na tese de que, embora haja semelhança dos Estilos de Aprendizagem entre universitários surdos e ouvintes, nas situações de aprendizagem os surdos apresentam alguns processos cognitivos diferentes, exigindo que o professor faça mudanças na condução pedagógica. Como resultado parcial, ressalto o caráter dessa diferença. Os resultados parciais da minha pesquisa não só beneficiam a mim, mas, também aos professores universitários e aos universitários surdos, pois, se àqueles ofertam esclarecimentos propensos à aplicação de ensino adequado ao jeito dos surdos aprenderem, indiretamente a estes podem ocasionam melhor aprendizagem.