O presente artigo tem por objetivo abordar sobre a cor da pele, numa perspectiva de refletir sobre o racismo e seus impactos na educação. Visto que, a escravidão no Brasil, foi marcada pela exploração e dominação, definindo o “lugar” de cada indivíduo de acordo com a cor de sua pele, pautando-se na superioridade de uma raça sobre a outra, travando desigualdades sociais e raciais vivenciadas atualmente pelas pessoas negras. Considerando que o racismo no Brasil se dá em razão da cor da pele, do tipo de cabelo, das curvas do corpo, entre outros estereótipos criados para justificar a opressão e violência contra as pessoas negras, reconhece-se o período escravista como determinante na marginalização e estigmatização da pessoa negra no Brasil. Este estudo foi motivado ao perceber a contribuição que traz a Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da História e cultura afro-brasileira no combate a discriminação e preconceito na escola, assim como, contribui na reafirmação da identidade negra. Para tanto, adotou-se como procedimento metodológico, o levantamento bibliográfico acerca do período da escravidão no Brasil, especificamente na chegada dos negros(as), e os principais efeitos da escravidão nos processos de ensino e aprendizagem das escolas. Além da revisão bibliográfica, utilizou-se no processo de coleta de dados, de um questionário semi-estruturado contendo 3 questões sobre racismo e ensino de História e Cultura Afro-brasileira, o qual foi aplicado junto a 13 alunos(as) entre 10 e 12 anos de idade, do 5° ano do Ensino Fundamental. Apoiando-se na análise dos dados e recorte histórico feito acerca do período escravocrata no Brasil, de imediato percebeu-se os efeitos nas relações, ou melhor, exclusões sociais, distinguindo o lugar ocupado socialmente, politicamente, econômica e culturalmente pela população negra no país, visto que, a consolidação da classe dominante no poder, com o fim da escravidão, foi construída apoiando-se na ideia de raça superior e inferior, travando preconceitos reproduzidos até os dias atuais.Com base neste estudo, constatou-se que, a cor da pele como mecanismo de reafirmação de superioridade de uma raça sobre a outra, resultou numa sociedade extremamente discriminatória, desigual, preconceituosa e silenciadora. Enquanto nos espaços educacionais, reflete na baixa autoestima de alunos(as) negros(as), no isolamento, no aumento no índice de evasão, transferência e desistência escolar. Por isso, entende-se a discussão em torno do preconceito étnico-racial importante nos espaços escolares e de produção acadêmica, pois estes, são responsáveis e capazes de resgatar a história, cultura e valorização da população Afro-brasileira.