SILVA, Flávia Gomes et al.. Influência da automedicação na vida de idosos. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/2490>. Acesso em: 13/11/2024 08:58
INTRODUÇÃO: Com o aumento do número de idosos em todo país observa-se um inevitável aumento das doenças crônico degenerativas nessa faixa etária, que exigem um acompanhamento, cuidados permanentes e exames periódicos, além de um maior consumo de terapia medicamentosa. Estes medicamentos têm inegáveis benefícios quando consumidos sob orientação do profissional de saúde, contudo, observa-se que a automedicação é prática comum entre os idosos, podendo deixá-los suscetíveis aos efeitos adversos, interações medicamentosas e toxicidade. OBJETIVO: Analisar as consequências da automedicação na população idosa. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). Utilizou-se como estratégia o cruzamento de descritores no comando da pesquisa on-line: “automedicação” “risco” e “idoso”. Foram encontrados 135 resumos de artigos, onde 49 desses apresentavam o artigo na íntegra. Posteriormente, foi realizada uma revisão exploratória e individual, sendo considerados apenas os estudos relacionados às conseqüências da automedicação na população idosa, com o resultado final de 14 artigos. RESULTADOS: O tipo de estudo predominante nos artigos selecionados foi transversal descritivo e exploratório e os sujeitos das pesquisas foram idosos de 60 anos ou mais. Nos locais dos estudos, apenas na região Leste do país não se observa pesquisas sobre o tema. Dentre os medicamentos mais utilizados pelos idosos como automedicação evidenciou-se que são analgésicos, antipiréticos, suplementos minerais e vitamínicos. Sendo que existem diversos motivos que levam os idosos a automedicar-se, dentre os quais encontramos: dor, febre, diarréia, pressão alta e tosse. Como conseqüências desse uso indevido, 30 % dos artigos diz que são: reações adversas, reação alérgica, atraso no diagnóstico, nível de intoxicação medicamentosa que pode levar o paciente a uma internação hospitalar ou até mesmo a morte. Ao realizar a automedicação o idoso pode ter alguns efeitos adversos mascarados, enquanto outros se confundem com os da doença que motivou o consumo, criando assim novos problemas. CONCLUSÃO: A automedicação é uma realidade na população idosa, como eles estão expostos ao uso de diversos medicamentos por dia estão mais suscetíveis a automedicar-se. Ao fazerem o uso de medicamentos por conta própria podem enfrentar problemas ainda mais sérios do que os já existentes, causando intoxicação, por isso é de extrema importância fazer a utilização de medicamentos prescritos pelo médico e ser devidamente acompanhado pelo mesmo.