Este trabalho objetiva analisar o papel político-pedagógico do professor de educação física no âmbito escolar. Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, dos tipos exploratória e de campo. O lócus de investigação restringiu-se às escolas municipais de Iguatu-CE. As informações foram obtidas através da aplicação de um questionário contendo 04 questões subjetivas respondidas por 05 professores de educação física de 04 escolas, que diferentemente das demais ofertam, em seu Projeto Político-Pedagógico (PPP), a disciplina educação física. Acredita-se que o professor dessa área esteve preso, no Século XX, ao processo histórico, político e ideológico do poder dominante, desempenhando papéis, como o de cuidar dos hábitos de saúde e higiene da população; preparar os homens para a defesa da pátria; formar o atleta vencedor e herói, à medida que o professor de educação física exerce, na escola, o papel de treinador e os alunos, o de atletas, transformando as aulas em espaços de treino para competições esportivas. Nesse sentido, o papel do professor de educação física tem sofrido, portanto, fortes influências higienista, militarista e esportivista, mas, percebe-se que suas condutas, atualmente, vêm tomando novos rumos, assumindo, desta vez, o de transmitir conhecimentos sistematizados capazes de contribuir na formação de alunos plenos e emancipados, levando-os a pensar e questionar, crítica e criativamente sua realidade. Verificou-se que, através das análises, os professores de educação física das escolas investigadas vêm demonstrando uma nova compreensão da sua atuação profissional, desvencilhando-se dos paradigmas meramente tecnicistas, biologicistas e anátomo-fisiológicos que, historicamente, têm norteado suas posturas e condutas pedagógicas.