INTRODUÇÃO: Como condição crônica de saúde, o Diabetes Mellitus é uma patologia cujo evoluir do quadro clinico está associado ao surgimento de complicações crônicas, causadoras de incapacidades funcionais, que podem gerar aposentadorias precoces e impactos negativos na qualidade de vida das pessoas com a doença. E neste contexto é necessário que o diabético esteja ciente das complicações oriundas de um mau controle glicêmico e de como evitá-las, visto que na maioria das vezes o diabetes não se encontra como uma condição crônica única, podendo ocorrer em associação com outras patologias, o que constitui um fator agravante. OBJETIVO: Identificar as complicações crônicas oriundas do diabetes, em idosos assistidos na Estratégia Saúde da Família. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, realizado com 66 pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 2, em duas Unidades de Saúde da Família da cidade de Picos-PI. A coleta de dados ocorreu no período de março a abril de 2012, através de um formulário contendo variáveis sociodemográficas e questões que envolvem a patologia. RESULTADOS: No estudo houve um maior percentual de mulheres (66,7%) e um total de 87,9% da amostra tinha entre 0 e 6 anos de estudo. A faixa etária dos participantes ficou compreendida entre 60 e 82 anos, sendo que intervalo etário compreendido entre 60 e 70 anos correspondeu a 50% da amostra. Quanto ao tempo de diagnóstico, 60,6% dos diabéticos tem de 1 a 10 anos com a doença Relativo às complicações crônicas do diabetes, 86,4% referiam problema nos olhos; 36,4% problema nos nervos; 13,6% problema nos pés; 12,1% problema nos rins e 5% emas no coração. No tocante a outros problemas de saúde os mais referidos foram Hipertensão (77,3%), dislipidemias (39,4%) e doença cardiovascular (15,6%). CONCLUSÃO: As complicações do diabetes na maioria das vezes geram incapacidades, cujas repercussões na vida do individuo vão desde a danos físicos, psicobiológicos, econômicos e sociais. Nessa perspectiva reafirma-se a importância das práticas de educação em saúde em âmbito multidisciplinar, como elemento fundamental no tratamento, devendo as mesmas constituir um processo contínuo de facilitação do conhecimento e de desenvolvimento de habilidades necessárias ao autocuidado e ao gerenciamento do diabetes.