O comportamento indisciplinado não é recente no universo escolar, afetando escolas públicas e privadas, que encontram nas brigas, conversas, desrespeito e algazarras dos alunos grandes empecilhos para a educação. Configura-se como algo complexo, tendo vários significados e explicações. É atribuída à falta de limites, ao descumprimento de regras e normas, à busca pela autonomia, além da incapacidade em reconhecer no professor uma figura de autoridade. Diante disso, é importante analisar as causas que levam ao desencadeamento de um comportamento indisciplinado, para buscar soluções de minimizar e ter um processo de construção do conhecimento mais satisfatório. Devido aos vários significados e a complexidade do tema, ele foi investigado de forma a refletir e considerar os diferentes pontos de vista e estudos, levando em conta não apenas como proveniente do aluno, mas também como influência da família e da prática do professor. Assim, não podemos rotular a questão como proveniente apenas do aluno, da mesma forma que não se pode transferir totalmente à postura do professor e sua didática em sala de aula ou culpar integralmente os pais. A escola e a família são as duas responsáveis pela educação num sentido amplo, não sendo possível retirar destas possíveis influências de atos indisciplinados dos alunos na escola. Assim, a indisciplina pode ser vista como resposta a práticas educacionais conservadoras e também à carência do aluno – anteriormente não construída pela família – em reconhecer o professor como uma figura de autoridade que deve ser respeitada. Também pode ocorrer pela incapacidade do aluno em obedecer a regras e normas, sendo uma intolerância dele em atender aos acordos firmados ou pela falta de limites ensinados pela família e pelo professor.