INTRODUÇÃO: A população mundial esta envelhecendo de forma acentuada em todo o mundo e principalmente nos países em desenvolvimento. Decorrente das perdas que ocorrem ao longo da vida, as pessoas idosas apresentam características específicas do ponto de vista fisiológico, psicológico e social, o que as tornam vulneráveis ao surgimento de doenças. Sendo assim, muitas vezes os idosos realizam a prática da automedicação, seja ela por medicamentos sintéticos ou por plantas medicinais, em busca do alívio de problemas ou sintomas que os afligem. OBJETIVO: Apresentar a prevalência da automedicação com medicamentos alopáticos e/ou com plantas medicinais por idosos usuários de uma Unidade Básica de Saúde da Família Malvinas V, Campina Grande – PB. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem quantitativa, realizada na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Malvinas V, no bairro Malvinas da cidade de Campina Grande (PB) entre os meses de Setembro e Novembro de 2011. A população estudada foi composta pelos usuários da UBSF onde a pesquisa foi realizada. Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado com perguntas dicotômicas, discursivas e de múltipla escolha. Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa Microsoft Office Excel 2007. RESULTADOS: Na presente pesquisa os resultados revelaram que, entre os idosos entrevistados, 78 (83%) eram do gênero feminino e 16 (17%) do gênero masculino. Destes idosos, 59 (62,8%) possuíam idade entre 60 e 69 anos, 22 (23,4%) entre 70 e 79 e 13 (13,8%) acima de 80 anos. A renda familiar mais prevalente era de até um salário mínimo (33%) e a maioria dos idosos possuía apenas o ensino fundamental incompleto (30,85%). Dentre os idosos entrevistados no presente trabalho, 46 (48,9%) se automedicavam com plantas medicinais e 7 (7,45%) se automedicavam com medicamentos sintéticos. Na automedicação, tanto por plantas medicinais como por medicamentos alopáticos, o gênero feminino foi mais prevalente, correspondendo a 95,65% e 57,14% respectivamente. A maioria das mulheres que se automedicavam, seja por plantas medicinais ou por medicamentos alopáticos, possuíam idade entre 60 e 69 anos. Dentre os idosos que se automedicavam com plantas medicinais, 60,87% achavam que as plantas medicinais não podem fazer mal a saúde e 82,61% aconselham outras pessoas a usar plantas medicinais. Assim como, entre os idosos entrevistados, 23 (24,46%) faziam associação medicamentosa, sendo esta entre planta e medicamento alopático (65,22%) ou entre plantas (34,78%). CONCLUSÃO: Foi observado que a automedicação é uma pratica comum entre os idosos avaliados, principalmente entre mulheres, na faixa etária entre 60 e 69 anos e principalmente com plantas medicinais pela crença de que tais produtos são inofensivos pelo fato de serem naturais. Sendo assim, faz-se de grande importância que os profissionais de saúde estejam atentos para desenvolver ações de orientação à esses pacientes de modo a evitar situações de problemas relacionados a medicamentos, pois essa subgrupo de usuários (idosos) tem suas peculiaridades que os tornam mais fragilizados diante desse problema da automedicação.