Introdução: A prevalência de doenças crônicas não-transmissíveis, tem aumentado nos últimos anos, podendo-se citar a obesidade e a hipertensão arterial sistêmica (HAS), que integram a síndrome metabólica, juntamente com outras doenças, cuja base fisiopatológica é a resistência insulínica. Pacientes portadores de HAS e obesidade apresentam uma alta morbidade e mortalidade cardiovascular. No Brasil, as DCV têm sido a principal causa de morte, além de ser responsáveis por alta freqüência de internações, ocasionando altos custos médicos e socioeconômicos. Dessa forma, é necessário a busca ativa pela captação desses pacientes, a fim de promover medidas de proteção e recuperação da saúde dos mesmos, bem como uma redução dos custos sociais e governamentais com a saúde. Objetivo: O estudo visa fazer uma análise da prevalência de pacientes idosos acima do peso e com obesidade central entre os Hipertensos cadastrados a UBSF no ano de 2010Metodologia: Foram realizados o exame físico em 118 hipertensos, escolhidos aleatoriamente, cadastrados numa Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) em Campina Grande-PB no ano de 2010 e a partir dele foram extraídos o IMC e a medida da circunferência abdominal. Resultados: Dos 118 hipertensos examinados, 85,6% tem mais de 50 anos, 52,8% estão com sobrepeso (IMC entre 25,0 e 29,9); 20% são obesos grau I (IMC entre 30 e 34,9); 8,33% são obesos grau II (IMC entre 35 e 39,9) e 3,7% são obesos grau III (IMC maior ou igual a 40), totalizando cerca de 84,8% de hipertensos acima do peso ideal. Em relação a circunferência abdominal as mulheres, 81,4% delas apresentavam um perímetro maior que 88 cm e 40% dos homens tinham acima de 102cm, apresentando, portanto, distribuição visceral da gordura corporal. Conclusão: O presente estudo corrobora a alta prevalência que se observa entre pacientes hipertensos e obesidade. Essa alta prevalência pode ter recebido forte influência da idade (grande escala dos pacientes tinha mais de 50 anos). Reforçando dessa forma a necessidade de estratégias que promovam a redução do peso, assim como a redistribuição da gordura corporal em hipertensos, contribuindo também no controle da PA. Para tanto, recomenda-se Mudanças no estilo de Vida desses pacientes, respeitando-se as características regionais, culturais e socioeconômicas, com uma terapia multidisciplinar, que envolva uma dieta hipocalórica, exercícios fiscos regulares e uma terapia comportamental.