A educação paraibana nos primeiros anos da década de 1950 passou por vários momentos, ora marcados por mudanças mais efetivas outros por permanências daquilo que já havia sido implementado pelo Estado brasileiro no final da década anterior. O discurso desenvolvimentista era permeado pela ideia da modernização que foi reinventada e recebeu novos entendimentos na conjuntura política no período que foi marcado pelo retorno de Getúlio Vargas pela via democrática (1951). No seu governo foi dado prosseguimento aos investimentos no âmbito da alfabetização que era entendida como necessária no sentido de acompanhar as transformações sociais e econômicas que visavam o desenvolvimento do país. Neste cenário mais amplo, o estado da Paraíba, buscou investir no setor educacional não apenas nas áreas urbanas, mas, sobretudo, nas rurais. Partindo destas constatações mais gerais, este estudo tem como objetivo analisar alguns aspectos relativos ao ensino primário, especialmente, no meio rural, considerando as políticas desenvolvimentistas no período supracitado. Metodologicamente, foi realizado levantamento de notícias no Jornal A União, durante o governo de José Américo de Almeida, localizados no Arquivo Histórico Waldemar Bispo Duarte, vinculado a Fundação Espaço Cultural – FUNESC e no Instituto Histórico Geográfico Paraibano – IHGP, ambos situados na cidade de João Pessoa – PB. As discussões foram aportadas teoricamente pelas proposições do Eric Hobsbawm (1998). Grosso modo, podemos afirmar que o período aqui em estudo foi marcado por grandes investimentos na construção de escolas rurais, com o apoio inclusive de relevantes recursos oriundos do INEP que naquele momento era dirigido por Anísio Teixeira.