INTRODUÇÃO: A cada ano, progride o número de pessoas que são classificadas como idosos. Dessa forma, considerando a dimensão da saúde, também vem crescendo o número de doenças crônicas, as quais necessitam de um cuidado integral, bem como de atendimento de saúde constante. Assim, a depressão é um dos problemas que aparece como agravante da qualidade de vida e tem o potencial de incapacitar os indivíduos em estado senil, além disso, ela é considerada um problema de saúde pública, já que traz consequências tanto individuais quanto para a família. Associada a ela, surgem sintomas como humor deprimido e perda de interesse ou prazer pelas atividades. À medida que os indivíduos envelhecem, ocorre uma reorganização dos papéis dos membros da família e isso provoca uma dificuldade de adaptação e de aceitação por parte do idoso, o que torna um agravante para a sua saúde mental. Estimativas mostram que em 2020, a depressão será a segunda causa de incapacitação de idosos em países desenvolvidos e a primeira nos países em desenvolvimento, o que contribui para uma atenção especial para a busca de medidas que amenizem o problema.OBJETIVO: Conhecer a percepção do idoso sobre envelhecimento e tentar detectar os problemas relacionados à depressão durante esta fase da vida, de modo a tentar integrá-lo, junto à família, a uma vida dinâmica dentro da comunidade.METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, pesquisada nas línguas portuguesa e inglesa entre os anos de 2007 e 2013, no Portal Capes e Scielo. Utilizaram-se as palavras-chaves: “depressão”, “envelhecimento” e “enfrentamentos”. Houve uma seleção de artigos e para a amostra inicial foram escolhidos 135 trabalhos, sendo excluídos 95, já que falavam relação da depressão com outros tipos de doenças ou envolviam outras faixas etárias.RESULTADOS: A depressão em idosos está relacionada ao aumento do grau de dependência que surge nessa fase da vida e a dificuldade na socialização, de desenvolver atividades coletivas e a limitação da realização de atividades laborais. Isso gera entre eles uma visão de inúteis ou improdutivos. Com o envelhecimento também surge um medo ainda maior da morte, além disso, as perdas de pessoas próximas, como cônjuges, filhos ou amigos, os deixam ainda mais fragilizados. Esses fatores, associados a outros problemas que aparecem na fase senil, contribuem para o aparecimento de alterações de humor, distúrbios psicológicos e, consequentemente, da depressão.CONCLUSÃO: A depressão não é uma doença que se integra especificamente à velhice, sendo assim, é possível que aconteça o processo de envelhecimento, com ausência de sintomas da depressão. Para minimizar esta doença é importante que os idosos recebam apoio das relações interpessoais, o que contribui para o melhoramento da autoestima e que se reflete num senso de maior autoeficácia. Dessa forma, aparece a crença da pessoa em sua capacidade de organizar, resolver e executar atividades que desejam, e assim ocorre o melhoramento da qualidade de vida na fase senil.