CRUZ, Angélica Pereira Da. Assistência fisioterapêutica à idosa com osteoartrose. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/2169>. Acesso em: 19/12/2024 14:28
Assistência Fisioterapêutica à Idosa com OsteoartroseAngélica Pereira da Cruz¹; Alba Lúcia da Silva Ribeiro².¹Acadêmica do curso de Fisioterapia da UEPB; ² Fisioterapeuta e docente do curso de Fisioterapia da UEPBTodo cuidado na área de saúde deve levar em consideração o paciente em seus aspectos físicos, psíquicos e sociais. Deve-se tratar o doente e não apenas a doença. Na Fisioterapia não é diferente, pois majoritariamente o tratamento é longo e se estabelece vínculo de amizade entre terapeuta e paciente. Em se tratando de idosos, esses fatores são maximizados, já que geralmente têm a carência afetiva como determinante. Este estudo relata a experiência de uma estudante de Fisioterapia na prática de Reumatologia na Clínica Escola de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior pública, de agosto a dezembro de 2012, e tem como objetivo mostrar que a relação terapeuta-paciente é determinante na evolução do tratamento, além de apresentar aspectos da conduta fisioterapêutica para osteoartrose, afecção reumática prevalente nos idosos. Esta doença atinge a cartilagem articular, responsável por diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam movimentos, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido a forças de pressões ou tração. Nas mulheres esse acometimento é mais precoce, devido às alterações hormonais. Na assistência à paciente, inicialmente, foi considerada sua aproximação com a estudante, sendo imprescindível um primeiro contato com respeito e carinho, procurando esclarecer as expectativas de ambas em relação à outra e ao tratamento. Em seguida, foi realizada a avaliação cinético-funcional, constando de métodos e técnicas como inspeção, palpação, goniometria, teste de força muscular, Teste de Romberg simples e sensibilizado, medida da distância dedo-chão, além da Escala Visual Analógica (E.V.A) para cada articulação. O diagnóstico fisioterapêutico considerado foi redução da ADM, acentuadamente em ombros e quadris; dores nas grandes articulações, coluna torácica alta e lombar; déficit de equilíbrio e de força muscular; assimetrias e alterações posturais. Durante as 23 sessões, com duração média de 70 minutos cada, foram realizados procedimentos como estabilização segmentar; fortalecimento de membros inferiores; dissociação pélvica; aplicação de ultrassom; TENS; infravermelho; ondas curtas; alongamentos globais; drenagem linfática e relaxamento com massoterapia; de acordo com quadro clínico e principais queixas a cada sessão. Pela análise da reavaliação final, concluiu-se que houve melhora da sintomatologia apresentada inicialmente, predominantemente no quadro álgico lombar e do quadril, o que foi relatado pela própria paciente, que percebeu grande eficácia na estabilização segmentar. Constatou-se também ganho da ADM, do equilíbrio e adaptação na bola suíça. Houve melhora da auto-estima e a paciente se apresentou mais extrovertida. O aprendizado foi incontestável, uma experiência bastante válida para a vida profissional e pessoal, ressaltando a importância não só dos conhecimentos científicos, mas também o compromisso para com o outro. O vínculo criado com a paciente é interessantíssimo e estimula o aluno a exercer o seu profissionalismo, sem criar barreiras, possibilitando um bom relacionamento entre ambos para que o tratamento seja cada vez mais eficaz.Palavras-chave: Fisioterapia, idoso, osteoartrose