O ensino de uma segunda língua deve envolver habilidades que levem o aluno a compreender que sistemas linguísticos distintos funcionam de forma diferente. Como a educação brasileira discrimina a abordagem fonético-fonológica no ensino do inglês como segunda língua, desvios no processo de ensino-aprendizagem levam o aluno a tratar a língua-alvo aplicando os mesmos padrões da sua língua materna. Devido ao português brasileiro e o inglês serem línguas que apresentam distinções fonético-fonológicas bastante significativas, o conhecimento nesta área se torna uma condição necessária para alcançar resultados mais eficazes. Assim, o objetivo deste trabalho é mostrar a importância da utilização de atividades que contemplam o desenvolvimento da consciência fonológica em língua inglesa através de atividades de percepção-produção e atividades com instrução explícita. Para isto, trabalhamos em duas turmas de Ensino Fundamental, onde após a intervenção coletamos os dados através de um gravador digital, que foram analisados acusticamente no programa computacional PRAAT versão 5.3 (Boersma & Weenik, 2014) para comprovação da eficácia de tal abordagem no ensino do inglês. A partir da análise e descrição dos dados, concluímos que ao entender os mecanismos utilizados por estudantes no processo ensino-aprendizagem, como também, compreender a importância do trabalho com habilidades orais, e não levar somente o conhecimento estrutural ou cultural, mas também trabalhar abordagens fonético-fonológicas, desvios podem ser minimizados, acarretando uma melhor eficácia na competência comunicativa.