O presente trabalho tem por objetivo prestar algumas ideias, a partir de uma revisão da literatura sobre o tema da surdocegueira, que poderão contribuir com para a inclusão de pessoas com essa deficiência no espaço da escola comum. Os espaços escolares inclusivos são abalizados numa compreensão de identidade e diferenças, em que as relações entre dois não se dispõem em torno de oposições binárias (normal/especial), não se elegendo uma identidade como singular em relação às demais. A educação inclusiva questiona a artificialidade de identidades normais e entende as diferenças como resultado de multiplicidade, e não da diversidade, como comumente se proclama. Neste trabalho trataremos de trazer o conceito de surdocegueira e de possibilidades de ações que podem ser desenvolvidas para que alunos com esta deficiência possam ser incluídos na escola comum e a importância do atendimento educacional especializado como subsídio no processo de inclusão. Para realização deste trabalho, escolhemos como metodologia a revisão de literatura que consiste em um processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica. Entendemos que a deficiência deve reconhecida na sua dimensão social, sendo uma constituição histórica, temporal, cotidiana, ressignificada em cada pequena ação, personificada e vivida nos grupos pelos quais as pessoas recorrem. Por isso, pode-se apreciar a escola como um respeitável lugar de significação social. Os resultados desta investigação nos possibilitam compreender que é possível a inclusão de pessoas com deficiência de surdocegueira no âmbito do espaço da escola comum e que esta se apresenta como lugar onde o desenvolvimento pode se alargar de forma satisfatória.