O presente artigo apresenta uma discussão sobre a Educação do Campo na Amazônia, enfocando a realidade educacional vivenciada no campo, na floresta e na região ribeirinha no Estado do Amazonas a partir da compreensão de trabalhadores e trabalhadoras rurais com atuação no movimento sindical. Este estudo resulta de pesquisa bibliográfica, documental e de campo que analisou a educação do campo, sua problemática, experiências e especificidades em municípios amazonenses na perspectiva de entendimento da Federação dos Trabalhadores da Agricultura e dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais. A Educação do Campo foi analisada com base nas experiências educacionais e socioculturais de homens e mulheres que vivenciam a realidade local, seus problemas e suas especificidades. A educação é problematizada a partir da realidade amazônica nos espaços do campo, floresta e das águas, emergindo suas contradições e particularidades. Os resultados da pesquisa evidenciaram a necessidade de políticas públicas de educação do campo capazes de contemplar os saberes, as culturas e a educação dos povos amazônicos como forma de valorização da diversidade cultural e dos processos identitários. O estudo mostra o processo de compreensão do movimento sindical e sua participação na construção de políticas públicas voltadas para a realidade local. Constatou-se que a ideia de campo no Amazonas se amplia na dinâmica das diversas formas de organização da vida amazônica. Evidenciou-se que a Educação do Campo na Amazônia será mais bem concebida na medida em que valorizar os diferentes sujeitos e seus saberes. As políticas de Educação do Campo apresentam elementos e práticas significativas nesta direção.