Sabe-se que a população homossexual sofre com discriminação por estarem fora dos padrões heteronormativos. O preconceito já se manifesta na adolescência, momento da descoberta da orientação sexual, acarretando dúvidas e sofrimentos. Torna-se importante a redução de agravos em saúde nos adolescentes, destacando-se a escola neste processo. No entanto, educadores têm apresentado dificuldades em abordar o tema. Estes necessitam reconhecer suas dificuldades e preparar-se para a intervenção junto aos discentes frente à temática. Objetivou-se conhecer as práticas e percepções de docentes do ensino médio quanto à condução e abordagem da homossexualidade nas escolas. Trata-se de estudo quantitativo, realizado com professores do ensino médio de três escolas no município de Juazeiro do Norte, Ceará. Utilizou-se para coleta de dados questionários estruturados sobre a temática. O estudo respeitou a resolução 466/12. Participaram do estudo 25 professores, a maioria do sexo masculino (68%, n=17), idade entre 30 a 35 anos (16%, n=7), pardos (28%, n=8), católicos (56%, n=14) e com mais de 10 anos de atuação (20%, n= 5). Verifica-se que os docentes apresentam dificuldades de atuar frente à temática homossexualidade, não possuindo conhecimentos abrangentes sobre a mesma (40%, n=10) e ainda considerando-a uma opção (16%, n=04). Tais achados não pretendem culpabilizá-los pela carência de conhecimento, mas expor tal problemática para que se possa pensar em ações humanizadas e pedagógicas que combatam a homofobia. Acredita-se que esses educadores devem buscar conhecimentos sobre a homossexualidade partindo de um processo de formação que os tornem capazes para abordar e acolher a diversidade sexual na escola.