Nos últimos anos o comportamento gØy (escrito com um zero) tem sacudido o mundo masculino. Uma pergunta central que povoa o imaginário coletivo é um g0y é hétero ou é gay? Nos sites que tratam do tema g-zero-y a resposta é imediata. Nenhum dos dois. G0y é simplesmente um g0y. Uma nova identidade do homem cis? Kinsey em 1948 já preconizava algo assim ao afirmar que não existe apenas duas populações discretas: a heterossexual e homossexual. Um gØy é um homem que nos contatos homo não pratica o sexo total, é mais voltado para a estimulação, afeto, caricias intimas e homoerotismo, algo de comportamento não totalmente homossexual, mas bem longe dos conceitos ortodoxos da heterossexualidade. Isso levanta a tese que um g0y não seria nem hétero normativo, nem gay, nem bisex, representando algo à parte. Essa nuance implica em releitura de Kinsey e demais modelos escalares para a inclusão dessa quarta nomenclatura sexual e o artigo discute os diversos modelos, confrontando-os e realizando uma proposição no que diz respeito à masculinidade.