O objetivo deste artigo é analisar a tomada de atitude e o não silenciar das prostitutas dos cabarés de Ipu, no interior do Ceará, durante as de 1960 à 1980, na luta contra o patriarcalismo e o machismo, fortemente notados na sociedade da época. Utilizando os relatos das meretrizes, dos frequentadores e de pesquisadores, apontando detalhes das vidas das mulheres trabalhadoras do sexo, como as motivações que levaram ao ingresso e à saída das meretrizes do mercado sexual, além de entender as relações sociais entre as mulheres públicas e os indivíduos da sociedade de bem. Empregando o método de pesquisa qualitativa, e de cunho exploratório, apoiamos nossas ideias em textos, mas principalmente, nos relatos das próprias prostitutas, dos frequentadores dos cabarés, historiadores e policiais que exerceram sua função durante o recorte temporal estudado.