Por muito tempo o ensino de História no Brasil e, principalmente de História Antiga, foi pautado nas análises normativas das interpretações, fazendo do conteúdo algo dado e sem nenhum processo reflexivo e problematizador, pelo profissional de história: o possuidor do saber. Desde fins do século XX, com o avanço dos estudos acerca do outro marginalizado, evidenciando, aqui, as mulheres, foi se pensando e localizando o espaço desse outro nos processos históricos, fazendo do homem branco e civilizador não mais o centro dos estudos e das pesquisas. Dentre tantos “outros”, este trabalho tem como objetivo tratar do ideal normativo e repressivo da mulher ateniense a partir do que a documentação filosófica e a literatura nos informam acerca de suas atividades, seus costumes, seus ofícios e principalmente do cotidiano. E mais que uma simples apresentação da mulher ateniense, sugere formas alternativas de discutir e pensar o ensino de gênero na História dentro da sala de aula.