A história da humanidade mostra que foram demarcados espaços e papeis destinados a homens e mulheres, nesse processo histórico se legitimou o poder do macho, bem como as desigualdades entre os sexos, pois ao homem foi perpetuado o domínio da esfera pública, ao contrario do lugar destinado à mulher, que foi confinada a esfera doméstica. Consequentemente, essas atribuições são fruto de construções socioculturais e históricas que marginalizam determinados segmentos em detrimento da supervalorização de outro. Especificamente em relações a ocupação de espaços de poder de decisão pela mulher se configura como fato recente, visto que a estrutura política brasileira tem suas bases sustentadas numa sociedade patriarcal e hegemonicamente masculinas que sempre invisibilizou a população feminina. No entanto, esse obstáculo não impediu a mulher de adentrar o mundo da política e outros espaços que deram visibilidade a sua existência como sujeito de direito. Esse protagonismo tem estreita ligação com o movimento feminista, logo se destaca a importante contribuição dessas organizações em torno do processo da redemocratização do Brasil iniciado em meados da década de 1980, sendo que essa atuação foi determinante para uma maior inserção de mulheres na política. Mesmo que de forma preliminar, destaca-se que a entrada e atuação da mulher no legislativo maranhense, revela um contexto onde prevalecem a dominação masculina, visto que, as mulheres que adentram a política carregam o peso do nome e da tradição de suas famílias e ainda não se constatou a existência de uma plataforma de gênero em seus discursos e práticas políticas.