VIANA, José Gevildo. Discurso, corpo e mídia – que corpo é esse mona lisa??!!). Anais XII CONAGES... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/18438>. Acesso em: 20/12/2024 09:51
A mídia, como dispositivo de saber-poder, tem grande influência no disciplinamento e controle dos corpos, subjetivando sujeitos e relacionando-os aos efeitos de sua historicidade discursivamente produzida. Assim, considerando o discurso como acontecimento que produz efeitos de sentidos na fabricação de corpos, objetivamos com esse artigo, descrever/interpretar, a partir de um enunciado produzido no espaço midiático, os modos de subjetivação do corpo - gênero feminino (arte – Mona Lisa) construído na mobilização de uma rede de saber - poder que emergem em determinadas épocas, evidenciando o corpo como de natureza discursiva. Para tanto, faremos uso da Análise do Discurso (AD) de origem francesa e sua articulação com os domínios foucaltianos, mas precisamente no que se refere ao método arquegenealógico. O corpus em análise, no interior do exercício de saber-poder da mídia, se constitui como enunciado, materializado na internet com grande alcance aos sujeitos da contemporaneidade. Assim, operacionalizamos a análise a partir de algumas categorias da AD, a saber, noção de Discurso, Enunciado, Corpo e Memória Discursiva. Deste modo, observamos, portanto, que o corpo, gênero feminino como enunciado (arte – Mona Lisa) em análise, sofre os efeitos da historicidade que o constitui, uma vez que é alvo das relações de saber-poder. Com isso, o corpo gênero, aqui analisado, trata-se de um corpo sempre em transformação, ou seja, em uma fabricação sócio - histórica que nos possibilita, pelo efeito da memória discursiva, capturá-lo em diversos processos de modos de subjetivação. O que sugere a indagação: Que corpo é esse Mona Lisa??!!.