Este trabalho tem por objetivo analisar as referências culturais apresentadas na narrativa fílmica do filme britânico Billy Elliot. Esta produção em questão reflete a noção de imaginário sobre a produção de identidades orientadas por um comportamento social heteronormativo, investigando, sobretudo, a composição entre corporalidade e movimento na personagem central como um recuo frente aos processos e estabelecimentos sexuais vigentes no contexto histórico do filme. Para discutir essas questões, este ensaio toma como ponto de partida conceitos referentes a corporalidade, movimento, identidade, processos culturais, imaginário e representação no cinema, perfazendo uma orientação salutar dos desafios enfrentados pela produção do tema da sexualidade. Em suma, o filme analisado permite traçar um movimento discursivo acerca das particularidades vigentes no espaço fílmico, conduzindo o debate através da posição adotada pela produção em retratar uma história com fins políticos particularmente provocativos.