Este artigo trata de um tipo de literatura de massa denominada chick lit e de um de seus subgêneros, o teen chick lit, em razão de observar-se que tais produções têm sido relacionadas ao feminismo, não apenas por serem escritas por mulheres, mas, principalmente, por trazerem à tona protagonistas supostamente libertas da dominação masculina, já portadoras, portanto, de uma nova identidade. Dessa forma, toma-se como base de análise o romance O diário da Princesa de Meg Cabot, em que se pode verificar a construção e o reforço dos ideais de beleza e de comportamento que se abrem para questões de gênero, corpo e sexualidade, ao se estabelecer padrões estigmatizados sobretudo para as meninas em crescimento. Para tanto, é feito um breve panorama do movimento feminista da 3ª vaga em duas vertentes implicadas ao chick lit: o movimento girlie e o feminismo DIY. O objetivo é, em última instância, propor uma discussão em torno do que é oferecido pela indústria cultural como produto de poder emancipatório para as garotas e o que simbolicamente essa produção tem representado.