Este artigo é oriundo das leituras e discussões realizadas no projeto de pesquisa - PIBIC, intitulado: "As personagens femininas na contística de Maria Valéria Rezende: da subserviência para o centro da cena" do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual da Paraíba. O projeto é orientado pela professora Drª Ana Lúcia Maria de Souza Neves, professora de Literatura do respectivo departamento. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo observar no conto A Guerra de Maria Raimunda da escritora Maria Valéria Rezende como a linguagem/discurso influencia na construção identitária da personagem. Para tanto, recorremos a o estudo de gênero, observando assim a representação da figura feminina no texto literário, por meio de uma análise crítico/interpretativa do conto em questão. Para fundamentar essas discussões recorreram-se as contribuições teóricas de Salih (2015), Bakhtin (1986), Certeau (1994), entre outros. É perceptível que a linguagem/discurso funciona na narrativa como uma tática utilizada pelo feminino para se auto afirmar e se (re)construir indetitariamente, buscando assim respeito no lugar que ocupa. Desta forma, a linguagem funciona como elemento transgressor da realidade fundante em que está inserida.