O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de campo e análise crítica-reflexiva em relação ao comportamento dos alunos em sala de aula, e dos ditos e não ditos dos alunos que frequentam salas de aula do 6º ano do ensino fundamental, numa Escola Municipal da cidade de Guarabira. A equipe do PIBID, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência, formada por professora supervisora e alunos bolsistas, durante todo o 1º semestre de 2015 estiveram atentos a questão comportamental do alunado e o que poderiam fazer em relação ao bom desenvolvimento do ensino aprendizagem, sem que fosse necessário silenciar as vozes que gritavam, quase em desespero, pela atenção dos professores e colegas. O trabalho apresenta uma breve descrição das salas e como algumas técnicas de ensino levaram as vozes a serem ouvidas sem que para isso, fossem apenas vozes que atrapalhavam o ambiente de ensino aprendizagem, mas vozes estas aproveitadas para um fazer educacional onde todos possam ter seu direito de voz e seu dever de ouvir e silenciar, quando preciso for. O foco da pesquisa está relacionado com o direito constitucional da livre expressão, inserido no art.5 inc. IV e IX da Constituição Federal de 1988. Com o fim de ouvir e fazer-se ouvir nas salas de aula, todo o trabalho pedagógico foi elaborado para que os alunos se sentissem a vontade para falar, mas se descobrissem como pessoas que não estão sozinhos no meio. Portanto precisam ser ouvidos mas também ouvir, numa relação dialética em que todos possam ter oportunidades para expressar sentimentos e buscar direitos e cumprir deveres.