As reflexões que integram o corpo deste artigo é fruto de um trabalho desenvolvido no Centro de Assessoria do Assuruá – CAA, uma ONG com atuação no estado da Bahia, com sede na cidade de Irecê, onde se desenvolve ações voltadas para a convivência com o semiárido. A experiência pautou-se num processo de formação a partir do método Paulo Freire. Essas abordagens freirianas, que alimentam a esperança nos processos de emancipação humana, base da pesquisa-ação, agregaram novos valores e novos debates sobre a mudança, ou manutenção, nos modelos educativos voltados para a educação no campo, particularmente, aos experimentados pelas comunidades envolvidas. Neste sentido este artigo buscou fazer uma discussão sobre a atuação dos diversos atores sociais, dentre eles, ONGs e movimentos sociais, sobre processos educativos voltados para o campo da educação de cunho popular, rural, tomando como base a autonomia dos sujeitos. Os múltiplos olhares aqui analisados, indicam as diversas formas que estas organizações foram encontrando para reproduzirem um conceito de educação focado no método Freiriano. Neste caso a educação do campo, a educação popular, a expereincia do MST, são algumas experiências comtempladas nesta discussão e que são tradutoras de um esforço para implantação de um educação verdadeiramente emancipadora.