O conhecimento popular que os alunos tem sobre as plantas medicinais, valoriza o interesse destes sobre os conhecimentos científicos a serem trabalhados em sala de aula. Este trabalho teve como objetivo fazer um estudo etnobotânico em relação às plantas medicinais coletadas pelos alunos do 7º ano, no município de Sumé-PB. Os dados foram coletados por meio de um questionário com perguntas objetivas de múltiplas escolhas, com 60 alunos na faixa etária entre 12 a 15 anos. Foram produzidas exsicatas com as plantas medicinais coletas. Os resultados demonstraram que foram citadas 23 espécies, 16 famílias, 21 gêneros. As famílias com maior representatividade foram Lamiaceae (6 spp.), Myrtaceae e Rutaceae (2 spp.) cada uma, as demais apenas com uma espécie. Verificou-se que as partes da planta utilizada foram às folhas (70%), seguido de outras partes da planta, como sementes, raízes (16,67%), e o caule (13,33%). O modo de preparo dos remédios indicou o chá (48%) como o mais consumido, seguido de lambedor (24%). Os dados encontrados revelaram que boa parte dos alunos ainda conservam os ensinamentos repassados pelos seus familiares, em utilizar remédios produzidos por plantas medicinais. Neste contexto, necessita que as escolas se voltem mais aos saberes do cotidiano de seus alunos sobre plantas medicinais, como forma de investigar e problematizar os conhecimentos tradicionais e populares que fazem parte da vida e da cultura dos mesmos, repassado este conhecimento para futuras gerações.