O presente artigo propõe uma discussão sobre a construção da imagem do homem nordestino, associado à figura do sertanejo, na construção da identidade nordestina e as consequências da composição desta imagem através das obras “O Quinze” e “Vidas Secas”. Para isso, dialogaremos com o autor Durval Muniz Albuquerque Júnior que, em épocas distintas, traçou um pensamento sobre o Nordeste e a complexa representação da identidade regional. Neste sentido, discutiremos o surgimento do macho nordestino descrevendo o contexto histórico, no qual esse fato ocorreu através de um perfil das características masculinas dos personagens. Procuramos estabelecer paralelos entre os romances, onde foi estudada a maneira como se dá a produção do masculino a partir das relações estabelecidas entre os protagonistas das obras. O trabalho se deu através do processo de reflexão e análise das teorias e conceitos dos autores Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos. Portanto, trata-se de um estudo que traça o modo como se dá a construção da identidade dos personagens principais. Uma identidade que é pensada a partir da produção dos sujeitos e pelo contato com o mundo no qual estão imersos.