O presente artigo é resultante de uma pesquisa realizada com docentes e discentes de uma escola da rede pública da cidade São José de Piranhas – PB, tem como proposta compreender a negação do negro e o ensino da questões étnico-raciais nos anos iniciais do ensino fundamental. Para a revisão da literatura buscou-se aporte teórico nos seguintes autores: Reis (2008), Hernandez (2005), Lopes (2009), etc., além de consultar bases legais, tais como a Constituição (1988), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (CNE/ CP 003/ 04) e a Lei 10. 639/03. Para coleta de dados aplicou-se um questionário aos docentes dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola da rede pública municipal da cidade São José de Piranhas – PB. Também foi realizado o Teste da boneca, do psicólogo americano Kennedy Clarck (1947) com treze (13) alunos do 1º ao 5º ano, da referida unidade escolar. A partir da pesquisa realizada, podemos compreender que trabalhar a História e Cultura Afro-brasileira na escola ainda é vista muitas vezes como uma obrigação imposta pela lei e, não como uma necessidade para a construção do indivíduo para além dos muros da escola, pois ninguém nasce preconceituoso, mas as relações sociais com pessoas preconceituosas é o que o torna. Com aplicação do teste de Kennedy Clarck (1947), foi perceptível que as crianças tomavam suas decisões a partir do ambiente no qual estavam inseridas. Contudo, a promulgação da lei ampliou as possibilidades para se trabalhar essa temática em sala de aula, de modo a garantir que sejam realizadas discussões para desconstrução desse preconceito que vem sendo perpetuado, e assim, de modo intencional promover a valorização do negro como sujeito ativo para a construção da nossa sociedade.