Este artigo resulta de um levantamento empírico sobre a prática do bullying na Escola Municipal Nazinha Barbosa da Franca, localizada no Bairro de Manaíra, em João Pessoa-PB. O mesmo decorre da necessidade de um conhecimento mais aprofundado acerca dessa problemática. Tem como objetivo colaborar com o processo de inclusão escolar, reconduzindo alunos vítimas desse “tratamento”, à sala de aula, partindo do pressuposto que tanto vítimas quanto agressores necessitam de ajuda. A metodologia utilizada se fundamenta no levantamento exploratório, de abordagem quali-quantitativa. Na realização do levantamento empírico foi aplicado um questionário semiaberto a 30 alunos, dos 3º e 4º anos, do Ensino Fundamental I, bem como, aos educadores dos referidos anos escolares, através do qual se evidenciou a necessidade de realizar um trabalho socioeducativo, a fim de buscar-se coibir essa prática, de modo que, todos compreendam os danos que esse fenômeno social proporciona às vítimas. Desse modo, verifica-se através do levantamento obtido que 83,33% dos alunos sabem o que é bullying; 16,66% não sabem; 73,33% afirmaram ter praticado bullying; 73,33% foram vítimas; 26,66% não cometeram nem foram vítimas. Dos alunos que foram vítimas 56,66% comunicaram o fato a alguém e 16,66% não comunicaram. Quanto aos tipos, 75% foram apelidar, 18% bater, 7% xingar. Diante desses dados, espera-se em cooperação com alunos, pais, professores e toda a equipe multidisciplinar, que participam desse processo, que cumpram seu papel para reduzir tamanha violência que prejudica crianças, adolescentes e jovens, nesse universo escolar. Assim, o Serviço Social, bem como a unidade escolar em seu todo, para minimizar a prática do bullying na escola, devem criar estratégias que colaborem na descoberta dos casos. Ao identificar o bullying, é preciso enxergar o que está por trás da agressão, e o que ocasionou a violência, atentar ao cotidiano dos envolvidos, e seus respectivos familiares, realizando uma análise da vivência familiar, pois, muitas vezes, os próprios pais, mesmo sem intenção, estimulam seus filhos a esse tipo de violência, quando praticam bullying em casa, ao utilizar apelidos depreciativos. Neste sentido, a criança na escola buscará se autoafirmar, repetindo o que lhe fizeram. A atuação do Serviço Social, para minimizar o bullying, só surtirá efeito com o envolvimento de todos e por hipótese alguma se devem subestimar os efeitos do bullying em suas vítimas, em decorrência das consequências traumáticas da violência sofrida, que podem culminar em suicídios, portanto é de extrema importância que as atenções aos primeiros sinais do problema sejam tratadas de forma mais efetiva para que se possa atingir o principal objetivo traçado, ou seja, o combate a esta prática nociva e destrutiva.