O artigo é resultado de uma pesquisa de caráter exploratório que buscou analisar as concepções das profissionais de educação infantil acerca da construção das identidades de gênero das crianças através das interações com brinquedos e brincadeiras. A pesquisa foi realizada com três professoras e duas Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs) que atuam em uma mesma creche da rede municipal de Recife. Considerando que a educação infantil consiste na primeira etapa de escolarização formal do sistema de ensino brasileiro, investigar como as profissionais que atuam na creche concebe a relação da atuação de seu trabalho com o desenvolvimento das crianças se torna importante para a reflexão de práticas que influenciam a reprodução do sexismo na educação. As considerações desse trabalho refletem a respeito das concepções das profissionais com quem tivemos contato, destacando a relação família-escola como espaços que estimulam formas de brincar que perpassam a construção da identidade de gênero das crianças atribuindo papéis sociais considerados masculinos ou femininos.