As dificuldades enfrentadas pelos idosos têm levado à busca de novas alternativas e, muitas vezes, diminuem as chances de conviver em um ambiente com outros membros da família, pois, em alguns casos, eles passam a morar sozinhos e, em outros, apenas recebem visitas alternadas de alguns membros da família ou acabam se mudando para um abrigo e/ou instituição de longa permanência, passando a viver um processo de institucionalização. Nesta perspectiva, este estudo tem por objetivo compreender a representação social e desvelar as memórias de idosos residentes em instituição de longa permanência sobre o suporte familiar. Para a realização deste trabalho, a metodologia adotada inicialmente foi uma revisão bibliográfica e, posteriormente, será adotada a metodologia de pesquisa de campo. Trata-se de uma pesquisa em andamento, e, até o momento, podemos chegar aos resultados que serão apresentadas a seguir. Tem-se observado um interesse relevante nos estudos relacionados à memória de idosos, uma vez que se acredita que as investigações e pesquisas dessa temática permitirão resgatar e compreender as relações que se dão pela memória no percurso do envelhecimento humano. Com a chegada do envelhecimento, o aumento da expectativa de vida e, consequentemente, o aumento da população idosa, é possível observar que novas demandas têm-se apresentado para os familiares deste público. Buscando compreender a temática relacionada ao suporte familiar, verificou-se que se trata de atividades e procedimentos recíprocos entre membros da família, gerando efeitos positivos para aqueles que dão e recebem. Sendo assim, as trocas realizadas por membros familiares vão constituindo ferramentas de grande valor, pois vão auxiliando na produção e manutenção de repostas mais assertivas perante alguns eventos adversos que poderão comprometer a qualidade de vida daqueles que os enfrentam. A partir das novas demandas que têm surgido no contexto familiar, alguns idosos não encontram outras alternativas, além da inserção em uma instituição de longa permanência, pois, no ambiente familiar, já não conseguem suporte para atender as próprias necessidades. Mas existem também aqueles casos nos quais a instituição de longa permanência passa a ser uma escolha voluntária e também outros casos em que a instituição é a última alternativa para atender as necessidades de suporte e acompanhamento do idoso. Desta maneira, podemos concluir que não existe uma relação direta entre o suporte familiar e a estrutura familiar, e que as diversas instituições de longa permanência podem suprir as necessidades dos idosos que recebem, oferecendo-lhes suporte familiar.