Objetivo: Analisar o efeito imediato de exercício físico com estímulo de contração dos músculos do assoalho pélvico na perda urinária de mulheres idosas. Método: Participaram deste estudo 27 mulheres idosas (67,69±5,25 anos) praticantes de exercícios físicos (pilates, ginástica, dança, musculação e caminhada). A sintomatologia e tipologia da incontinência urinária (IU) foi verificada por meio do autorrelato, o gasto calórico durante a prática de exercício físico foi verificado por meio do acelerômetro RT3 Triaxial e a perda urinária durante a prática de exercício físico por meio do pad test. Utilizou-se estatística descritiva (medidas de posição, dispersão, frequência absoluta e relativa) e inferencial (U de Mann-Whitney, Kruskall-Wallis, Correlação de Spearman) com nível de significância de 5%. Resultados: Quanto a sintomatologia, 33,3% (n=9) relataram IU. A média da perda urinária foi de 0,717± 0,414 gramas. Não há diferença significativa na perda urinária entre mulheres idosas com e sem relato de IU (U= 65,500; p= 0,433) e entre as modalidades de exercícios físicos praticadas (K= 7, 319; p= 0,120; gl= 4). Em relação ao gasto calórico e a perda urinária existe uma relação negativa e moderada entre essas variáveis (rho= 0,435; p= 0,023). Além disso, apenas uma única participante apresentou perda urinária maior que 2 gramas, sendo considerada ocorrência de incontinência urinária durante a prática de exercício físico. Conclusão: Mulheres idosas sintomáticas para IU durante a prática de exercícios físicos com estímulo da contração perineal não apresentam perda urinária significativa, demonstrando que o exercício físico pode ser um fator protetor para IU em idosas.