Os procedimentos de cuidado realizados durante o período de internação, considerados simples e rotineiros para o profissional, nem sempre têm este significado para o paciente idoso. Colocam-se como ameaçadores e geradores de conflitos e ansiedades, trazendo desconforto, desconfiança, insegurança e estresse, a ponto de determinar a suspensão da própria cirurgia. O paciente cirúrgico interage com o contexto ambiental de forma singular, apresentando necessidades de cuidado que devem ser satisfeitas de acordo com suas crenças, pois elabora significados conforme sua visão de mundo. Com este estudo objetivou-se relatar a experiência vivida em um centro cirúrgico em relação ao acolhimento dos idosos submetidos a procedimentos cirúrgicos. Durante o momento pré-operatório, o enfermeiro deve acolher o paciente, orientando-o quanto aos procedimentos a serem realizados, evitando insegurança, insatisfação e os medos. Isto nos leva a inferir que os cuidados de enfermagem no transoperatório são primordialmente de grande importância para os pacientes, principalmente aos idosos, devido à fragilidade e vulnerabilidade em que se encontram, quando hospitalizados. Por isso, a assistência de enfermagem perioperatória gerontológica necessita ser holística, integral, competente, eficiente, flexível, criativa e motivadora, para ajudar o idoso na manutenção de uma melhor qualidade de vida e de um equilíbrio de saúde possível Verifica-se que é possível desenvolver o processo de cuidar sistematizado ao cliente idoso, de maneira eficaz e eficiente. Em nossa concepção, essa proposta de assistência durante o período pré-operatório exige do enfermeiro envolvimento, reflexão sobre suas próprias crenças e valores relacionados ao cuidado ético, respeito ao senso comum como suporte para ajudar o doente, família, equipe de enfermagem e a si próprio no enfrentamento dos obstáculos circunstanciais, materiais e éticos.