Denomina-se intoxicação como manifestação clínica proveniente de um desequilíbrio fisiológico ocasionado por substâncias químicas endógenas ou exógenas, provocando alterações bioquímicas no organismo. Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (SINITOX), foram registrados no ano de 2012, 99.016 casos de intoxicação em todo o país, onde 17.080 casos (17,44%) foram por produtos domissanitários e agrotóxicos destes 160 casos foram a óbito. Com o processo de envelhecimento, o organismo da população idosa requer uma atenção especial, já que o corpo está passando por modificações, consequente do avanço da idade, e com isso, a um aumento na gravidade quando expostos a um agente tóxico, tornando um problema de saúde pública. Assim, esse estudo teve como objetivo fazer uma análise epidemiológica dos casos de intoxicação por agrotóxicos e domissanitários em idosos registrados pelo Centro de Atendimento Toxicológico de Campina Grande (Ceatox-CG), entre os anos de 2011 e 2014, com o intuito de prevenir e alertar sobre o uso inadequado desses compostos. Para tal, utilizaram-se as fichas de notificação compulsória do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) e análise estatística em softwares. Foram atendidos no período analisado 24 pacientes, sendo (70,8%) por agrotóxico. Houve uma prevalência na população intoxicada do sexo masculino com 83,30% do intoxicados. A idade média dos idosos intoxicados foi de 68 anos. O chumbinho foi o agente tóxico de maior prevalência, com ocorrência de óbito por tentativa de suicídio. Quando os Centros de Assistência e Informação Toxicológica, notificam esses casos contribuem para o conhecimento e melhoramentos dos atendimentos, e ajudam na divulgação pelo Brasil, alertando a população sobre os riscos da utilização dos mesmos.